Ser mãe...
© Márcia Sanchez Luz
Ser mãe é ser alguém que na alvorada
bendiz o brilho que anuncia o dia
trazendo a luz do sol em sintonia
com o burburinho de uma passarada.
Ser mãe é ser a doce madrugada
que põe um fim à mágoa doentia;
é ser também a força da magia
curando a febre que se faz calada.
Ser mãe é buscar sempre uma saída
para acalmar o coração inquieto
do filho que se fecha em seu afeto.
Ser mãe é estar atenta para a vida,
é ver além do amor que não deu certo,
fazendo de sua cria um ser liberto.
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Decidi começar esta nova seção com a "prata da casa", Márcia Sanchez Luz: a prova cabal de que a Internet só é fria para quem não sabe fazer amizades ou desconfia de tudo e de todos. Pessoalmente nos conhecemos nas comemorações em SP dos 12 anos de Blocos, mas já há muito nos escrevíamos; atualmente, considero-a uma amiga querida, sempre pronta a ajudar, a incentivar, a partilhar alegrias e agonias. Este soneto, recém-enviado, me encanta porque alia técnica à emoção. É precioso: mesmo mantendo um formato clássico, o texto é atual e universal: quem tiver filhos adolescentes saberá perfeitamente do que ela está falando. E, mesmo quem não os tenha, sentirá na pele a aflição das mães ante o silêncio machucado de seus filhotes, querendo o melhor para aqueles que, um dia, ela esperançosamente deu à luz.
Leila Míccolis
Olá Leila e Márcia,
É uma das formas de poesia mais difíceis de construir, onde rimas internas e externas, métrica e sentido (como se fosse uma história contada) dançam em uníssono e fazem de tudo isso um lindo poema... Soneto é uma forma antiga de poetar que se mantém atual - eu admiro quem os faz com o conhecimento da causa - e toca a alma do leitor.
Beijos.
Madalena Barranco
P.S.: e as mães merecem todos os sonetos mais belos do mundo.
Leila, a primeira referência pessoal que tive (ainda desconhecia seu blog) foi sua pessoal amizade com Márcia, essa admirável sonetista.
Concordo integralmente com suas palavras no presente post, assim também penso e sinto. Não há conta para o prazer que me dão todas as minhas amizades virtuais.
neo-orkuteiro
Este soneto da querida poeta e também amiga Márcia, reúne uma técnica impecáel com poesia e sensibilidade em cada verso. Parabéns pela escolha do Soneto e pela linda e merecida homenagem à Márcia. Beijos.
Chris Herrmann
Leila e Marcia, poetamigas: não poderia deixar de passar por varias razões, a começar pela saudade. E tem também o prazer de estar aqui, pela riqueza do texto, pela amizade, pelo carinho. Parabens a grande sonetista Marcia e a Leila que gerou um espaço libertario para abrigar a nossa poesia. Bjos de luz, Grauninha
Ser mãe é ser alguém que na alvorada
bendiz o brilho que anuncia o dia
trazendo a luz do sol em sintonia
com o burburinho de uma passarada.
Ser mãe é ser a doce madrugada
que põe um fim à mágoa doentia;
é ser também a força da magia
curando a febre que se faz calada.
Ser mãe é buscar sempre uma saída
para acalmar o coração inquieto
do filho que se fecha em seu afeto.
Ser mãe é estar atenta para a vida,
é ver além do amor que não deu certo,
fazendo de sua cria um ser liberto.
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Decidi começar esta nova seção com a "prata da casa", Márcia Sanchez Luz: a prova cabal de que a Internet só é fria para quem não sabe fazer amizades ou desconfia de tudo e de todos. Pessoalmente nos conhecemos nas comemorações em SP dos 12 anos de Blocos, mas já há muito nos escrevíamos; atualmente, considero-a uma amiga querida, sempre pronta a ajudar, a incentivar, a partilhar alegrias e agonias. Este soneto, recém-enviado, me encanta porque alia técnica à emoção. É precioso: mesmo mantendo um formato clássico, o texto é atual e universal: quem tiver filhos adolescentes saberá perfeitamente do que ela está falando. E, mesmo quem não os tenha, sentirá na pele a aflição das mães ante o silêncio machucado de seus filhotes, querendo o melhor para aqueles que, um dia, ela esperançosamente deu à luz.
Leila Míccolis
Olá Leila e Márcia,
É uma das formas de poesia mais difíceis de construir, onde rimas internas e externas, métrica e sentido (como se fosse uma história contada) dançam em uníssono e fazem de tudo isso um lindo poema... Soneto é uma forma antiga de poetar que se mantém atual - eu admiro quem os faz com o conhecimento da causa - e toca a alma do leitor.
Beijos.
Madalena Barranco
P.S.: e as mães merecem todos os sonetos mais belos do mundo.
Leila, a primeira referência pessoal que tive (ainda desconhecia seu blog) foi sua pessoal amizade com Márcia, essa admirável sonetista.
Concordo integralmente com suas palavras no presente post, assim também penso e sinto. Não há conta para o prazer que me dão todas as minhas amizades virtuais.
neo-orkuteiro
Este soneto da querida poeta e também amiga Márcia, reúne uma técnica impecáel com poesia e sensibilidade em cada verso. Parabéns pela escolha do Soneto e pela linda e merecida homenagem à Márcia. Beijos.
Chris Herrmann
Leila e Marcia, poetamigas: não poderia deixar de passar por varias razões, a começar pela saudade. E tem também o prazer de estar aqui, pela riqueza do texto, pela amizade, pelo carinho. Parabens a grande sonetista Marcia e a Leila que gerou um espaço libertario para abrigar a nossa poesia. Bjos de luz, Grauninha
Querida amiga Marcia
Confesso que estou emocionada por entrar nessa casa literária, pois bateu uma saudade imensa do meu querido amigo Nel Meirelles.
Como ele adorava essa casa e a minha amiga Leila.
Mas o motivo é de alegria e sinto-me honrada por poder registrar o meu comentário sobre o seu poema maravilhoso sobre ser mãe.
Creio que essa expressão revela o que sinto: Ser mãe é estar atenta para a vida,
Será que precisa ser dito mais alguma coisa?
Creio que não.
Parabéns, amiga!
Eliane Gonçalves***
Leila, a poesia construída pela Márcia jorra uma energia capaz de resgatar algo bem próximo do 'realismo fantástico materno'. Brilhantemente!
Um grande abraço!
Dalton França
Este convite de Márcia, é uma dupla aurora, pois aqui estou diante de duas grandes Mulheres escritoras, Leila e Márcia, que venho acompanhando sua trajetória literária, e aplaudindo de pé, obrigada por dividir estes momentos tão especiais de sua vida em vida Márcia, seu soneto , como sempre é soberbo, com admiração e respeito,
Efigênia Coutinho
Madalena querida, você sempre com uma palavra energética de carinho. Obrigada. Há sonetos que falam de sentimentos eternos. Porém, o de Márcia, vai além: frisa o tema do silêncio e do ensimesmamento, principalmente dos jovens, diante de momentos em que eles se sentem muito feridos, precisando de recolhimento. O bonito é a visão do ângulo materno: da aflição da mãe por pouco poder fazer, a não ser proteger a recuperação silenciosa do filho machucado.
Bjs, Leila
Eliane, é lindo este verso, não é? Mas acho que o que ainda me cativa mais são os: "(...) para acalmar o coração inquieto/ do filho que se fecha em seu afeto". Acho que estes dois versos abrem a perspectiva e fazem com que, mesmo quem não tenha filho, sinta a inquietação de uma pessoa pelo coração inquieto de algum amigo, parente ou namorado, que se fecha, de repente, mudo, trancado em sua tristeza labiríntica.
Beijos, e ótimo sábado, Leila
O POEMA É MUITO BOM, O COMENTÁRIO TAMBÉM... A ATITUDE E DISPONOBILIDADE DE LEILA DE NOS ABRIGAR A TODOS NA SUA UNIVERSAL AMIZADE POÉTICA... ESTAMOS NUM MOMENTO SUPREMO AO LER OS DOIS TEXTOS...
ROGEL SAMUEL
Pai de adolescentes, sei bem o que a mãe deles e eu mesmo sentimos... o coração apertdinho, a coragem de dar-lhes coragem. Como diz Márcia, comovente.
Adroaldo Bauer
Márcia,
você é dessas pessoas que tem um encantamento próprio, não porque não nos conhecemos pessoalmente, mas pelo o que escreve, a técnica que você domina para expressar o seu conteúdo. Parabéns por mais esse lindo soneto em homenagem às mães. Você é uma alvorada de luz na internet esse meio de comunicação tão frio e perigoso.
um abraço,
Mauro
Muito lindo e comovente, a poesia e o comentário também. Envolvente até o fundo onde a alma arrepia por aqueles sentimentos difíceis de se falar sobre.
beijo
Tania Montandon
Márcia não sabe disso mas é uma das responsáveis pela minha gradual reaproximação aos sonetos. Admiro muito sua poesia, Márcia - ela sempre nos mostra verdades que permaneciam antes meio nebulosas. Os adolescentes têm mesmo seus momentos de silêncio quando se encontram mergulhados nos caminhos que lhes são próprios. E é preciso ter essa sensibilidade de que aqui se fala para não "profanar os templos".
A forma e o conteúdo do soneto está perfeita.
À Leila os parabéns pela casa que se renova de uma forma sempre competente.
abraços.
Marco Bastos.
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