06 novembro, 2013

Depois da chuva...

    
Querida, se eu tivesse alguma dúvida de que "depois da tempestade vem a bonança", não teria mais depois deste seu poema que traz jardins de jasmins e um arco-íris de matizes coloridos. Beijos, Leila

Leila Míccolis – Maricá, Rio de Janeiro


Obrigado pela generosa atenção. Poesia é isso aí que você bota na tela com facilidade, cultura, e beleza. Muito bom.

Lino Vitti – Piracicaba, São Paulo


Márcia sempre surpreende: de um fiapo faz um ninho, de um perfume um vendaval. Essa doação à Poesia é rara, cada vez mais privilégio de quem faz, do dom, ofício dos mais intrincados e trabalhosos, de vez que mexe com sentimentos e emoções. Seus poemas sempre recendem a jasmins...

Caio Martins – São Paulo


AMOROSA RESPOSTA DOS NOVENTA E DOIS

Para Márcia Luz em 24-10-2012.

Eu aprendi. Não supus:
Não fosses lua. Mas és.
Vêm os céus beijar-te os pés
quando estás cheia de luz.

Filho de Deus, sou Jesus.
Quando sobem as marés
e cheia, cheinha és,
eu me liberto da cruz
para vir beijar-te os pés.

Os homens do mundo inteiro
que a vêem em lua cheia,
falam que és a sereia

De Deus. E até há quem leia
que tu és no mundo inteiro
vinho e pão, não lua cheia!



Querida poetisa Márcia,

Sempre me sinto ao teu lado,
na fragrância do jasmim
de cada poema encantado
que fazes chegar a mim.

Com admiração,

Regina Coeli/RJ



07 abril, 2013

Tradução de A Morte dos Pobres, de Charles Baudelaire


Baudelaire, o "Poeta Maldito", sacudiu preconceitos e conceitos de sua época. Parabéns, Márcia, pela tradução esmerada e fiel ao conteúdo. Seu talento se revela, magistral, no carinho com que trata o talento alheio, mérito indiscutível de humildade decorrente de sabedoria. 
Caio Martins

Márcia Sanchez Luz ressuscitou-me a ânsia de ler sonetos. Confesso, antes de conhecer "O Trabalho de Luz" dela, tê-los deixado apagar em minhas leituras durante a vida. Ao ler a Márcia, agora desmorro mais à vontade, e ela ainda nos presenteia mais no Baudelaire profundo, com esta fina tradução que somente outro poeta grande poderia arriscar-se em fazê-lo. 
Há de se ter muito talento, há de se estar num céu de excelência, feito só para estes tipos de poeta, estes como Márcia, que trazem nossa alma à tona, que encanta a ponto de inspirar mais poesia, mais vida. E luminosidade! (ela tem isso no nome). Isto é o céu da poesia. E em por falar em céu cito [dela mesma em "Ser(afim)"] o que é M.S.L. hoje pra mim:

"É bem difícil achar
no meio da multidão
um ser assim singular!"

Parabéns, Márcia, parabéns!
Fabbio Cortez


Não sei como se traduz um poema mantendo a métrica e a rima.
Excelente trabalho, Márcia. 
Quanto à essência, só tenho uma palavra: grandioso!
Jorge Sader Filho


Para ler a tradução de Márcia Sanchez Luz, clique no link: http://marciasl2001.blogspot.com.br/2011/04/baudelaire-por-marcia-sanchez-luz.html

25 março, 2013

Delitos de amar


Querida Márcia: para os indígenas, mito é realidade; o mito também é carregado de mistérios e pode até explicar as ações humanas em busca da verdade subjetiva. Gosto muito do senso do mistério que habita os seus sonetos. Parabéns.
Grauninha (Graça Graúna)


é um soneto interessantíssimo, clássico, em que nós nos perdemos no jogo especular entre ser e imaginar...



Mi querida Marcia: Eres una gran experta en la composición de hacer sonetos. Una de las modalidades más difíciles en la poesía, pues además de la métrica y la rima llevan una gran carga de contenido poético. Los he leído todos. Supongo que al último a que te refieres es "Delitos de amor". Es un poema precioso lleno de desilusiones y reproches que nos llevan un mucho a la desconfianza amorosa.

Te felicito muy sinceramente.

Un abrazo
María Sánchez Fernández



Márcia, Márcia, é muito bonito!

Não me lembro que lesse coisa tão perfeita em arte e tão sugestiva, tão próxima da realidade.

Veja o soneto de Raimundo Correa, que igual é belo, e, como o teu marca um sentimento universal:

"Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"

(Raimundo Correa)



Mesmo eu sendo repetitivo, Márcia, a expressão é "impecável", sobrepassando sua inigualável técnica pela profundidade dos conceitos. É universal, fala e cala fundo em quaisquer idiomas por tocar, cuidadosamente, na essência humana... As certezas geralmente imobilizam... as dúvidas, nos levam a patamares mais elevados da existência, mesmo quando "inventamos". 
Beijos, minha querida amiga.
Caio Martins


Querida, você tem a habilidade de falar de um único tema - amor - sem se repetir. Acho isso ótimo, porque é preciso ter muito fôlego e criatividade para tanto. E gostei muito dos novos visuais de seus blogs. Beijo carinhoso, Leila. (Leila Míccolis)


Márcia, você tem sempre alguma surpresa. Desta vez foi o muito bem feito desenvolvimento do poema, como se fosse uma história. Fico pensando quando este nome vai explodir!

Beijos,


"Gosto muito do senso do mistério que habita os seus sonetos." - Graça Graúna
Marcia,

Não resisti citar o comentário que nossa super Graúna fez sobre teu estilo. É exatamente o que acho. Teus poemas sempre chegam em boa hora e  fazem provocações no "imaginário" de quem te lê.

Grande abraço, meu carinho e admiração!

Gilia (Gilia GerlinG)

"Delitos de amar", que acabei de ler, é um excelente soneto, em sintonia com a qualidade a que me habituaste. Aproveitei para ler outras peças poéticas tuas, que identicamente me encantaram.

Abraço afectuoso do amigo Eugénio (Eugénio de Sá)


Oi, Márcia!

Ante a eterna dúvida sobre o sentir-se amado, a invenção do delito: Delito de amar. Muito bacana a sacada! Abraços,
Rizolete (Rizolete Fernandes)


Nem vou falar da forma do seu soneto, Márcia, pois você e toda a torcida do Corinthians sabem que ela é um primor. Mas quando se olha pra esse conteúdo tão denso dos fingires inerentes ao amar, você vem e nos carrega pra dentro dele sem a menor cerimônia e mostra o que seria mas não é enquanto está sendo. E é desse universo desarrumado que temos medo; as probabilidades infinitas que você acena enquanto surfa em algumas abrem um horizonte onde os mais frágeis jamais se aventuram. Mas invejam.
Aracéli Martins