20 abril, 2010

Caio Martins visita "O amor no sonho"


Márcia Sanchez Luz trata a forma poética como artesã dominando materiais e ferramentas nos limites das potencialidades. Entalha e esculpe, pinta e tece sem esforços, lapida e compõe em ritmo impecável, como que em métrica de cadência sinfônica.
A dura e rígida fôrma do soneto, em suas mãos, torna-se forma permeável fluindo delicadezas e suavidades no uso do idioma e sua abrangência.

De aí a eloquência do conteúdo libertar-se do "... laço – algoz e taciturno – que avilta, agride - ..." da mesmice e cada palavra, cuidadosamente eleita, chegar intensa e mansamente à alma, "flor que finge desapego". E de aí a universalidade - essência da arte gerada não para si mas para o mundo - não lhe negar jamais expressão em suas infinitas linguagens. Márcia transcende a mera alegoria e revela aliciente e plena, até do mais corriqueiro, a Poesia.

Caio Martins – jornalista, escritor e fotógrafo

Um comentário:

  1. Repito: surgiu no universo da Letras Brasileiras um novo nome na poesia:Márcia Sanchez Luz.

    Abraços, Caio.

    Jorge

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